Grandes Nomes da Fotografia

Paul Strand
Americano, nascido em 1890


The White Fence 1916

Em 1917 Paul Strand disse que se alguém que usar fotografia honestamente essa pessoa tem que ter “ um respeito verdadeiro pela coisa à sua frente”, expressando-se “através de valores tonais os quais estão além da capacidade da mão humana”. A última metade da afirmativa têm a ver com a estética fotográfica, a primeira metade com a moralidade fotográfica. “Um respeito verdadeiro pela coisa  a sua frente” implica que o sujeito não é meramente a ocasião mas a razão para a fotografia. Esta crença severa (antes de ser uma posição técnica e estética) era certamente a verdadeira fundamentação da crença na fotografia direta. (fotos sem truques, montagens, etc. - N. do T). Essa era a posição mais ou menos aceita pela maioria dos fotógrafos avançados, especialmente nos Estados Unidos da América, entre as duas guerras. Aceita pelos menos em teoria. A prática era outra coisa; os fotógrafos frequentemente, em último caso, se tornavam fotógrafos porque eles gostavam do mistério e o frequente excitamento irracional que envolve o ato de fazer fotografia.

É interessante que o próprio Strand adaptou-se a essa teoria mais rigorosamente quando ele amadureceu. Seu trabalho anterior a 1920 exibe uma tendência altamente abstrata e um prazer óbvio em aventuras gráficas. Com o passar dos anos suas fotografias, progressivamente se tornaram naturais e mais calmas.

Uma das mais belas e influentes partes da sua produção artística e heróica é a série de estudos da natureza em close que ele começou no início dos anos 20. Essas fotografias, não são meras descrições de formas botânicas ou geológicas em particular; elas são ao contrário, paisagens em  miniaturas, organizadas com o mesmo rigor e descritas com a mesma sensibilidade à luz e espaço que Strand teria com  relação a um grande paisagem. Quando o grande continente foi finalmente conquistado, Strand redescobriu os ritmos do deserto em microcosmo.


Blind Woman 1916