Grandes Nomes da Fotografia Paul
Strand
Em
1917 Paul Strand disse que se alguém que usar fotografia honestamente
essa pessoa tem que ter “ um respeito verdadeiro pela coisa à sua frente”,
expressando-se “através de valores tonais os quais estão além da capacidade
da mão humana”. A última metade da afirmativa têm a ver com a estética
fotográfica, a primeira metade com a moralidade fotográfica. “Um respeito
verdadeiro pela coisa a sua frente” implica que o sujeito não
é meramente a ocasião mas a razão para a fotografia. Esta crença severa
(antes de ser uma posição técnica e estética) era certamente a verdadeira
fundamentação da crença na fotografia direta. (fotos sem truques, montagens,
etc. - N. do T). Essa era a posição mais ou menos aceita pela maioria
dos fotógrafos avançados, especialmente nos Estados Unidos da América,
entre as duas guerras. Aceita pelos menos em teoria. A prática era outra
coisa; os fotógrafos frequentemente, em último caso, se tornavam fotógrafos
porque eles gostavam do mistério e o frequente excitamento irracional
que envolve o ato de fazer fotografia. É
interessante que o próprio Strand adaptou-se a essa teoria mais rigorosamente
quando ele amadureceu. Seu trabalho anterior a 1920 exibe uma tendência
altamente abstrata e um prazer óbvio em aventuras gráficas. Com o passar
dos anos suas fotografias, progressivamente se tornaram naturais e mais
calmas. Uma das mais belas e influentes partes da sua produção artística e heróica é a série de estudos da natureza em close que ele começou no início dos anos 20. Essas fotografias, não são meras descrições de formas botânicas ou geológicas em particular; elas são ao contrário, paisagens em miniaturas, organizadas com o mesmo rigor e descritas com a mesma sensibilidade à luz e espaço que Strand teria com relação a um grande paisagem. Quando o grande continente foi finalmente conquistado, Strand redescobriu os ritmos do deserto em microcosmo.
|