Comitê
Estadual pela Verdade, Memória e
Justiça RN
Centro
de Direitos Humanos e Memória Popular
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Raimundo Ubirajara de Macedo
Prêmio
Estadual de Direitos Humanos Emmanuel Bezerra
dos Santos 2010
HOMENAGEM
Gostaria de saudar os componentes da mesa,
em nome do Senhor Presidente da Comissão
Estadual dos Direitos Humanos, Roberto Monte,
ocasião em que agradeço esta
importante homenagem feita ao meu pai, Ubirajara
Macedo, mais conhecido como Bira, que tem
uma trajetória de vida digna de ser
exaltada entre os poetas, escritores e por
mim, sua filha, uma simples mortal, que
o admira e o ama de uma forma que jamais
as palavras vão expressar de maneira
fidedigna.
Desta forma, exalto aqui, sua coragem quanto
às lutas travadas em prol de um governo
mais justo e livre. Sua bondade e idoneidade,
seu caráter, sua conversa pautada
sempre em assuntos interessantes e inteligentes,
próprios de um jornalista cabeça
feita, como dizem por aí, mostrando
uma cultura invejável, seu bom gosto
pela música, daí sua participação
no famoso Clambom, seus livros, suas crônicas,
suas poesias, enfim, uma personalidade ímpar,
que a todos encanta e me faz ser orgulhosa
e grata a Deus por tê-lo como pai,
Um pai e amigo nas horas boas e difíceis
que a vida nos impõe.
E ao longo dessa trajetória, fez
inúmeras amizades. E, quando a tristeza
batia em seu coração, você
pedia para que as pessoas tirassem o sorriso
do caminho para que pudesse passar com sua
dor... E depois começou a aprender
a viver na nova conjuntura, pela qual tanto
lutou, a tão esperada democracia,
um país livre, e as coisas melhoraram,
pois a liberdade de expressão, numa
pátria mãe tão distraída,
como bem se expressou Chico em sua canção,
também vítima da crueldade
da ditadura, foi aberta a todos que queriam
gritar, como na música o bêbado
e o equilibrista, mas infelizmente, muitos
partiram num rabo de foguete. Entretanto,
você, papai! Conseguiu ouvir e ainda
ouve o eco do grito dos que lá fora
falavam em liberdade e guarda muitas lembranças,
no outono desta memória privilegiada,
aliada ao DNA da inteligência e ao
espírito humanitário, que
o fez sofrer por dias melhores, como num
sonho de liberdade, em que a justiça
e a eqüidade passeavam juntas pelo
nosso tão sofrido país.
Obrigada
a todos!
Rosana
Varela de Macedo, filha de Ubirajara
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