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Serenata
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Othoniel
Menezes e Eduardo Medeiros
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Músicas
no Contexto Revolucionário de 1935, em
Natal/RN
Serenata
do Pescador - Praieira
Othoniel
Menezes e Eduardo Medeiros
Praieira
dos meus amores,
Encanto do meu olhar!
Quero contar-te os rigores
Sofridos a pensar
Em ti sobre o alto mar...
Ai! Não sabes que saudade
Padece o nauta ao partir,
Sentindo na imensidade,
O seu batel fugir,
Incerto do porvir!
Os
perigos da tormenta
Não se comparam querida!
Às dores que experimenta
A alma na dor perdida,
Nas ânsias da partida
Adeus à luz que desmaia,
Nos coqueirais ao sol-pôr...
E, bem pertinho da praia,
O albergue, o ninho, o amor
Do humilde pescador!
Quem
vê, ao longe, passando
Uma vela, panda, ao vento,
Não sabe quanto lamento
Vai nela soluçando,
A pátria procurando!
Praieira, meu pensamento,
Linda flor, vem me escutar
A história do sofrimento
De um nauta, a recordar
Amores, sobre o mar!
Praieira,
linda entre as flores
Deste jardim potiguar!
Não há mais fundos horrores,
Iguais a este do mar,
Passados a lembrar!
A mais cruel noite escura,
Nortadas e cerração
Não trazem tanta amargura
Como a recordação,
Que aperte o coração!
Se,
às vezes, seguindo a frota,
Pairava uma gaivota,
Logo eu pensava bem triste:
O amor que lá deixei,
Quem sabe se inda existe?!
Ela, então, gritava triste:
Não chores! Não sei! Não
sei...
E eu, sempre e sempre mais triste,
Rezava a murmurar:
“Meu deus quero voltar!”
Praieira
do meu pecado,
Morena flor, não te escondas,
Quero, ao sussurro das ondas
Do Potengi amado,
Dormir sempre ao teu lado...
Depois de haver dominado
O mar profundo e bravio,
À margem verde do rio
Serei teu pescador,
Ó pérola do amor!
Para a maioria dos norte-rio-grandenses, Othoniel
Menezes é e continuará sendo sobretudo
o criador dos versos da canção "Praieira",
de 1922, espécie de hino da cidade do Natal,
(aliás, pelo decreto-lei nº 12, de
22 de novembro de 1971, o governo municipal de
Natal considerou a "Praieira", o "Hino
da Cidade"), com música de Eduardo
Medeiros.
Originalmente
intitulada "Serenata de Pescador", "Praieira",
como ficou conhecida popularmente, foi escrita
para saudar os pescadores natalenses que, em três
barcos a vela, viajaram de Natal ao Rio de Janeiro,
dentro das comemorações do Centenário
da Independência, em 1922.
Othoniel
Menezes, certa vez, revelou que uma das alegrias
de sua vida era ouvir, nas madrugadas natalenses,
gente do povo cantando sua "Praieira"
em serenatas.
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