Considerações
Iniciais
Durante a maior parte de nossas vidas, fazemos
parte de algum tipo de organização, tais
como: uma escola, um time de voleyball,
um grupo artístico, uma instituição religiosa,
uma organização militar, ou mesmo uma empresa.
Algumas organizações como um time de voleyball,
são estruturadas de modo informal, enquanto
que as grandes corporações militares, possuem
estruturas bastante formalizadas. Porém
todas as estruturas organizadas, sejam elas
formais ou informais, possuem elementos
comuns.
Utilizando uma visão mais simplista possível,
podemos ver uma organização, como sendo,
duas ou mais pessoas trabalhando juntas,
de modo estruturado, visando alcançar um
objetivo específico, ou um conjunto de objetivos,
de modo que haja entre elas a comunicação,
a cooperação, e a sintonia dos objetivos.
As organizações são importantes porque também
podem ser vistas como instituições sociais
que refletem alguns valores e necessidades
culturalmente aceitos. Elas permitem que
vivamos juntos e de modo relativamente civilizado
e que realizemos objetivos enquanto sociedade.
Das delegacias de polícia dos bairros onde
moramos, às grandes corporações multinacionais,
as organizações servem à sociedade, transformando
o mundo num lugar melhor, mais seguro e
mais agradável de viver. Sabemos através
da história que, se o conhecimento registrado
é destruído em larga escala, como o do museu
e biblioteca de Alexandria, no século III,
grande parte jamais é recuperada. Dependendo
dos registros das realizações passadas como
uma base de conhecimento, sobre a qual possamos
construir ou adquirir mais aprendizado e
chegar a maiores resultados. Sem esses registros,
a ciência e outros campos do conhecimento,
ficariam imobilizados. Organizações como
universidades, museus e corporações, são
essenciais porque guardam e protegem a maior
parte do conhecimento que nossa civilização
juntou e registrou, neste sentido, as organizações
tornam esse conhecimento, uma ponte contínua
entre gerações passadas, presentes e futuras.
Além disso, as próprias organizações fazem
aumentar nossos conhecimentos, ao desenvolver
meios novos e mais eficientes de realizar
coisas. As organizações também são importantes
porque proporcionam às pessoas, meios de
sobrevivência, e até mesmo satisfação e
auto-realização pessoal.
Para que as organizações sobrevivam, são
necessários alguns elementos básicos: os
objetivos, os planos ou métodos para a consecução
desses objetivos, os recursos necessários
para serem utilizados e o processo que possibilita
a interação dos elementos, propiciando a
obtenção dos resultados desejados.
Este processo de planejar, organizar, liderar
e controlar o trabalho dos membros da organização
e de usar os recursos disponíveis da organização
para alcançar objetivos pré-estabelecidos,
denomina-se administração.
Histórico
de administração de recursos humanos:
Os primeiros órgãos de Recursos Humanos
como setor definido da administração das
organizações, tiveram seu aparecimento no
início deste século, tendo tido sua evolução
acelerada, na década de vinte. Com o advento
da primeira guerra mundial, estabeleceu-se
uma carência efetiva de mão-de-obra nas
empresas, obrigando estas, a estabelecerem
padrões de racionalização e otimização da
mão-de-obra existente e desenvolverem processos
de formação de mão-de-obra nova, através
dos primeiros métodos organizados de recrutamento
e seleção. O fator humano já tinha que ser
tratado com atenção específica. A revolução
industrial que ocorria na época, também
foi fator determinante para a formação e
desenvolvimento do período inicial da administração
de recursos humanos. Os movimentos filosóficos
dos anos trinta, de maneira especial, o
pensamento existencial, aliados aos primeiros
trabalhos de Sociologia do Trabalho, forneceram
direcionamentos e subsídios éticos e científicos
para a evolução da administração de recursos
humanos. O marco mais significativo dessa
evolução, foram os experimentos de Hawtorne,
na Western Electric, em Chicago, nos Estados
Unidos da América. As pesquisas de Hawtorne,
vieram surpreender os Tayloristas que tentavam,
sair da sua órbita inicial, combinar dentro
das mesmas constantes, matéria-prima, máquinas
e pessoas. Nas pesquisas de Hawtorne ficaram
evidenciadas que as relações humanas, tanto
entre si como com os elementos ambientais,
tinham significativa influência na produtividade.
Mais que qualquer outro órgão da administração
das organizações, o de Recursos Humanos,
contribuiu para verdadeiras revoluções da
atividade gerencial. Desde 1930, as ciências
comportamentais fornecem em rítmo crescente,
subsídios para o desenvolvimento da Administração
de Recursos Humanos, e esta por sua vez
vem contribuindo para verdadeiras revoluções
da atividade gerencial.
Desenvolvimento
da administração de recursos humanos:
Não podemos deixar de reconhecer que a atividade
de recursos humanos, tem contribuído de
forma crescente para a humanização das relações
de trabalho. O humanismo é parte integrante
nas atividades e evolução da área de Recursos
Humanos. Os principais autores clássicos
da atualidade, com estudos de destaque,
na área da Psicologia Organizacional, tais
como McGrecor, Maslow, Bennis, Bekhart e
outros, apesar de terem abordagens diferentes,
todos apontam para a necessidade de se criar
clima de trabalho que permita a realização
cada vez mais plena, do ser humano, como
pessoa, ou seja da auto-realização pessoal.
Essa tendência humanística, está bem clara
no atual movimento organizacional, que não
se restringe a agir dentro do ambiente organizacional
clássico, porém se propõe a reformular os
critérios tradicionais de divisão do trabalho,
de modelos organizacionais, de sistemas
tradicionais de planejamento e controle,
do estilo predominante e autoritário de
liderança, a fim de que no grupo exista
clima sadio que proporcione o desenvolvimento
e motivação das pessoas, proporcionando
diretamente resultados benéficos para a
organização.
Sistema
de administração de recursos humanos:
A mudança deve ser a única constante na
força de trabalho de qualquer organização.
As pessoas eficazes, são promovidas ou saem
para ocupar outros cargos melhores em outra
organização. As pessoas ineficazes são rebaixadas,
remanejadas, ou até mesmo despedidas. Além
disso a organização, poderá a qualquer tempo
precisar de mais pessoas ou até mesmo reduzir
seus quadros de pessoal e sempre precisará
aperfeiçoar as capacidades das pessoas que
trabalham cotidianamente. Desta forma é
que podemos ver que o Sistema de Administração
de Recursos Humanos, possui um dinamismo
contínuo, como um organismo vivo, tentando
manter a organização suprida das pessoas
certas, nas posições certas, na hora certa.
Complementando a definição de CHIAVENATO,
Idalberto, (1994, p.135), A Administração
de Recursos Humanos, consiste em planejar,
organizar, desenvolver, coordenar e controlar
os métodos capazes de promover o desempenho
eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em
que a organização representa o meio que
permita às pessoas que com ela colaborem
para alcançar os objetivos individuais relacionados
direta ou indiretamente com o trabalho,
ao mesmo tempo em que também significa conquistar
e manter as pessoas na organização, trabalhando
sempre com eficiência para produzir resultados
eficazes.
O
processo da administração de recursos humanos:
O processo de Administração de Recursos
Humanos, compreende as funções de planejar,
recrutar, selecionar, socializar, treinar
e avaliar pessoas, objetivando alcançar
os objetivos da organização, através da
eficiência das pessoas que a integram.
Planejamento
de recursos humanos:
O planejamento de Recursos Humanos, consiste
em estabelecer métodos e metas qualitativas
e quantitativas, visando suprir as necessidades
futuras de pessoal, da organização, levando-se
em conta as atividades internas e fatores
do ambiente externo. O planejamento de recursos
humanos, tem quatro aspectos básicos: o
de necessidades futuras, referente a quantidade
de pessoas e com que qualificação deverão
ter; equilíbrio futuro, referente a relação
do número de pessoas que estão atualmente
na organização e que provavelmente estarão
no futuro, com o número de pessoas que se
fará necessário estar presente na organização,
em um futuro pré-estabelecido; recrutamento
ou dispensa de pessoas, refere-se a forma
e quantidade de pessoas que serão necessárias
serem dispensadas e/ou recrutadas; desenvolvimento
de pessoal, referente ao plano de qualificação
da mão-de-obra recrutada e selecionada,
como também do aperfeiçoamento da mão-de-obra
de financiamento para investimentos, ou
até mesmo uma retração da economia e possível
redução na capacidade de consumo de bens
e serviços, acarretando necessariamente
um enxugamento de custos e possivelmente
nos quadros de recursos humanos. O planejamento
de pessoal se baseia em dois processos principais
que são: A Previsão de Recursos Humanos,
que consiste no uso de técnicas específicas,
na busca de determinar o número, o tipo
e a qualidade de pessoas que a organização
precisará, para manter seu crescimento e
explorar as oportunidades futuras; A Auditoria
de Recursos Humanos, que consiste no uso
de técnicas específicas, necessárias para
quantificar e qualificar as habilidades
e o desempenho de cada indivíduo, que já
existe dentro da organização, objetivando
desta forma, identificar os recursos humanos
internos e as possibilidades de melhor aproveitamento,
evitando assim, muitas vezes, os altos custos
de contratações externas.
Recrutamento
de recursos humanos:
O propósito do recrutamento, é conseguir
um grupo de candidatos suficientemente grande,
para que a organização possa selecionar
as pessoas com as qualificações de que precisa.
Podemos definir dois tipos de recrutamento,
o do tipo geral e o tipo especializado.
O Tipo Geral, é utilizado quando a organização
necessita de um grupo de pessoas sem grande
especialização, isto é, para ocuparem cargos
de níveis de execução. O Tipo Especializado
é utilizado principalmente quando a organização
necessita de pessoas com determinado nível
de especialização, sendo necessário uma
atenção maior e uso de técnicas que permitam
atingir àquele segmento de candidatos.
Fontes
de recrutamento:
Genéricamente, podemos afirmar que as fontes
de recrutamento estão no mercado de mão-de-obra,
que consiste no conjunto de pessoas disponíveis,
que possuem habilidades específicas que
permitem a elas, ocuparem funções produtivas,
dentro das organizações. As condições do
mercado de mão-de-obra não são estáticas,
elas mudam de acordo com os fatores ambientais
e as próprias condições ofertadas pelas
organizações. A técnica mais recente utilizada
para atrair mão-de-obra, é a utilização
da reputação da organização, como podemos
observar na publicação de um suplemento
da revista EXAME, (edição 647 de 22 de outubro
de 1997), com o título "GUIA DAS MELHORES
EMPRESAS DO BRASIL PARA VOCÊ TRABALHAR"
onde foram classificadas 30 empresas nacionais
que se destacaram em oferecer melhores condições
de trabalho para seus empregados.
É possível distinguir duas principais fontes
de recrutamento de pessoas, a fonte externa
que compreende o universo de pessoas que
se encontram desempregadas, ou até mesmo,
que estejam empregadas em outras organizações,
porém que estejam disponíveis para efetuarem
mudanças de local de trabalho; a fonte interna
que compreende o universo de pessoas que
já trabalham na organização, porém que o
processo de Auditoria de Recursos Humanos,
identificou como sendo pessoas com potenciais
latentes que podem ser aproveitados através
de remanejamentos e promoções.
Seleção
de recursos humanos:
Para STONER,(1995, p.282), "Seleção é o
processo mútuo através do qual a organização
decide se vai ou não fazer uma oferta de
trabalho e o candidato decide se a aceita
ou não". Para LOBOS,(1985, p.156), "O processo
de Seleção de Recursos Humanos, é definido
como sendo o conjunto de atividades ordenadas,
através das quais, a organização obtém do
mercado de trabalho, interno e externo,
os recursos humanos necessários para sua
sobrevivência". Para CHIAVENATO,(1989, p.139),
"A Seleção de Recursos Humanos, pode ser
definida singelamente como a escolha do
homem certo para o cargo certo, ou, mais
amplamente, entre os candidatos recrutados,
aqueles mais adequados aos cargos existentes
na empresa, visando a manter ou aumentar
a eficiência e o desempenho do pessoal".
A primeira vista, o processo de seleção
parece ocorrer de forma unilateral, onde
a organização processa a seleção e decide
quem ela vai contratar. Esta visão, na verdade
não é real, pois as pessoas que são selecionadas,
também decidem se irão ingressar na organização,
através do processo de contratação, esta
decisão das pessoas está diretamente ligada
ao nível de satisfação dos interêsses das
pessoas em relação as ofertas da organização.
É necessário que a organização ofereça elementos
atrativos que motivem as pessoas a aceitarem
ingressar, através do processo de contratação
de pessoal. Existem várias técnicas, métodos
e recursos disponíveis para se selecionar
pessoas objetivando contratá-las para as
organizações. Para isto, é necessário que
se tenha em mente que os seres humanos constituem
a fator mais importante em todos os grupamentos
sociais e que cada indivíduo é um ser extremamente
complexo. Desta forma, se torna de suma
importância reconhecer as diferenças entre
as pessoas, como também as exigências do
trabalho, para o qual estão sendo selecionadas.
Uma seleção eficiente, será garantia de
êxito para os posteriores cursos de treinamento
e aperfeiçoamento. Um programa eficiente
de seleção de pessoal, deve objetivar introduzir
na organização, pessoas adequadas nos locais
de trabalhos corretos, para isso se faz
necessário observar a escolha de boas e
adequadas técnicas e métodos de seleção,
verificar sempre os índices de turnover,
pois são indicadores da qualidade dos processos
de recrutamento e seleção, é verificar a
veracidade da análise dos cargos e funções,
como também de suas descrições, analisar
sempre a adequação dos testes e entrevistas
e promover sempre um controle de todos os
processos de recrutamento e seleção, promovendo
constantes avaliações e correções necessárias
para a obtenção constante do aperfeiçoamento
dos processos e consequentemente a obtenção
dos objetivos da organização.
Treinamento
e desenvolvimento de recursos humanos:
Partindo das definições de STONER,(1995,
p.286), onde o autor define treinamento
de recursos humanos, como sendo "um processo
destinado a manter ou melhorar o desempenho
no trabalho atual." e desenvolvimento de
recursos humanos, como sendo "um processo
destinado a desenvolver as habilidades necessárias
para futuras atividades de trabalho." nos
parece óbvio que o treinamento é dirigido
para as necessidades atuais e desenvolvimento
para as necessidades futuras. Considerando
que estamos vivendo uma época em que as
nações estão se integrando, levadas pelos
processos de globalização de diversas atividades
humanas e que estes processos de globalização
vem aumentando de forma fantástica, a velocidade
em que as mudanças se processam, torna-se
verdadeiramente impossível planejar e executar
tarefas do presente, sem ao mesmo tempo
estar planejando para o futuro.
Considerando esta realidade atual, não podemos
pensar em treinamento de recursos humanos,
sem também pensar paralelamente em desenvolvimento
de recursos humanos.
Treinamento
de recursos humanos:
Para TOLEDO,(1987 p.121), Compreende-se
treinamento, "como sendo qualquer atividade
que vise à qualificação, formação e aperfeiçoamento
do pessoal de uma organização, desde os
dirigentes, até os executores de mercadorias
e serviços.". A Problemática do treinamento
deve ser analisada de duas formas, a primeira
é em relação as pessoas que estão ingressando
na organização, ou que acabaram de ser promovidas,
isto é, estão iniciando jornada em seus
cargos. Estas pessoas geralmente têm elevado
índice de motivação e por isso demonstram
certa facilidade em aprender novas habilidades
e comportamentos, inerentes à nova função.
Por outro lado as pessoas que já estão nos
cargos ou funções, já a determinado tempo,
geralmente oferecem resistência à mudanças,
sendo necessário um trabalho específico
de esclarecimento das necessidades das mudanças
que virão com o treinamento, como também
a valorização do profissional, tornando-o
mais competitivo e eficaz. Para se determinar
as necessidades de treinamento em uma organização,
se faz necessário, a aplicação de métodos
próprios, visando identificar as necessidades
de cada pessoa em ser submetida a treinamento
e aperfeiçoamento. Os principais métodos
utilizados para detectar as necessidades
de treinamento são:
- Avaliação de desempenho, onde o trabalho
de cada pessoa é comparado aos padrões de
desempenho ou aos objetivos estabelecidos
para este trabalho.
- Análise de requisitos do trabalho, onde
as habilidades ou conhecimentos especificados
na descrição apropriada do cargo, são examinados
e aquelas pessoas que não tem as habilidades
ou conhecimentos necessários, tornam-se
candidatos a um programa de treinamento
e aperfeiçoamento.
- Análise organizacional, onde a eficácia
da organização e o seu sucesso em alcançar
seus objetivos, são analisados para se determinar
as diferenças e se detectar o tipo de treinamento
que possa ajudar a corrigir distorções existentes.
- Pesquisa de recursos humanos, onde se
solicita aos detentores de cargos de chefia,
que descrevam os problemas pelos quais estão
passando no trabalho, e que façam sugestões,
no sentido de sanar os referidos problemas.
Assim que sejam identificadas as necessidades
de treinamento da organização, o órgão de
gestão dos recursos humanos, deverá iniciar
um programa de treinamento adequado às necessidades
identificadas.
Desenvolvimento
de recursos humanos:
O desenvolvimento dos recursos humanos deve
ser entendido como o conjunto de conhecimentos
que foram agregados, pelas pessoas de uma
organização, através de um determinado tempo,
resultado de uma política de treinamento
bem elaborada e bem executada, tornando
os indivíduos cada vez mais capacitados
para exercerem suas tarefas, de forma cada
vez mais eficaz. Este desenvolvimento objetiva
também capacitar os indivíduos para que
eles consigam acompanhar as mudanças evolutivas
da organização, o seu desenvolvimento organizacional,
seu crescimento, enfim integrar o desenvolvimento
da organização como um todo. Um fator importante
no desenvolvimento dos indivíduos, é sua
capacitação para desenvolverem tarefas mais
complexas e poderem evoluir dentro da escala
hierárquica, ocupando cargos de níveis mais
elevados.
Avaliação
de desempenho dos recursos humanos:
A avaliação de desempenho, consiste em uma
sistemática apreciação da eficácia do trabalho
de uma pessoa, em relação aos objetivos
propostos pela organização. Por isso é de
fundamental importância, que os objetivos
da organização estejam sempre bem definidos
e explicitados, pois quando estes objetivos
não estão bem claros, pode ocorrer desvios
nos resultados. Além de apreciar a eficácia
do trabalho, a avaliação de desempenho deverá
também medir os potenciais de desenvolvimento
das pessoas, que geralmente se encontram
latentes temporáriamente, que devem ser
identificados, desenvolvidos e aproveitados.
Existem dois tipos principais de avaliações
dos recursos humanos de uma organização,
e denominam-se informais e formais.
A avaliação informal de recursos humanos,
consiste basicamente no processo contínuo
de oferecer aos subordinados, informações
sobre como estão realizando o trabalho para
a organização, devendo ocorrer cotidianamente
e em um clima de naturalidade e informalidade,
geralmente seus resultados são de correção
de um desempenho indesejável.
A avaliação formal de recursos humanos,
consiste basicamente na aplicação de métodos
pré-estabelecidos de acordo com os objetivos
da organização, destinado a classificar
o desempenho atual do indivíduo, identificar
aqueles que merecem promoções ou aumentos
salariais, como também identificar as necessidades
de treinamento adicional. Este tipo de avaliação
geralmente ocorre semestralmente ou anualmente.
Existem muitos tipos de métodos de avaliação
de desempenho, pois eles são criados visando
atender os objetivos de cada organização,
e muitas vezes são utilizados mais de um
tipo, para que a avaliação se torne mais
completa, por isso vejamos quatro tipos
principais que são mais utilizados pelas
organizações: A avaliação dos subordinados
pelo superior, é um dos tipos mais utilizados
pelas organizações; Um grupo de superiores
avaliando os subordinados, é realizado por
um comitê de administradores, onde cada
um preenche formulários de avaliação em
separado, valendo a pena salientar que as
tendências de injustiças se tornam diluídas,
apesar de demandar mais tempo; Um grupo
de subordinados avalia um colega, este método
é menos utilizado, pois se destina principalmente
para medir a capacidade de liderança de
um indivíduo; Os subordinados avaliam os
superiores, este método tem importância
peculiar, pois propicia avaliar os administradores,
propicia se efetuar a correção de algumas
falhas e consequentemente a melhoria de
desempenho dos avaliados. É necessário que
os avaliadores não se tornem juízes, e por
conseguinte atribuam julgamento nos processos
de avaliação de desempenho, pois isto constitui
uma distorção. Os objetivos da avaliação
devem ser em busca da comparação do desempenho
atual e a busca do desempenho proposto ou
ideal para a organização.
Acompanhamento
e aconselhamento:
O homem contemporâneo, por uma série de
razões dele próprio, dos seus grupos sociais
e do ambiente em que vive, tem apresentado,
percentualmente, um aumento daqueles estados
conhecidos como de ansiedade e angústia.
O mal-estar característico de tais estados
tem levado o homem à procura da melhor maneira
de resolvê-lo, mas nem sempre se tem conseguido
chegar a estratégias mais sadias. É bem
por isso que grande número de pesquisas
feitas, atestam, por exemplo, um significativo
aumento percentual no consumo de álcool
e de drogas, acompanhado de grande número
de atos delinquênciais. É imperioso, não
há dúvida, que se chegue a encontrar formas
produtivas e confortáveis de evitar a inadequação
humana. Foi devido a esta necessidade de
combater a inadequação do homem ao ambiente
organizacional, foi que LEAVIT (Psicologia
Para Administradores,1972) relata estudos
feitos no âmbito da Psicologia do Comportamento
Organizacional, objetivando aprofundar-se
no estudo das relações, do homem com seu
ambiente de trabalho. Uma pessoa torna-se
um problema dentro de uma organização, sempre
que seu comportamento cria dificuldades
ao grupo de pessoas em meio ao qual desenvolve
suas atividades, ou diante das normas da
organização, incluindo aí toda a política
organizacional, seja ela de ordem administrativa,
técnica ou financeira. A pessoa-problema
chama a atenção, por sua conduta atípica
e frequentemente indesejável, acabando por
provocar uma queixa quanto à sua maneira
de agir. A "queixa" é, portanto, o sintoma
atual, mas, para se evidenciar como tal,
o indivíduo percorreu e acumulou uma série
de fatos e incidentes anteriores. Levantando-se
exaustivamente tais elementos e estudando
a conexão dos mesmos com a queixa atual,
será possível formular um diagnóstico do
comportamento e prever quais as medidas
futuras a serem levantadas a efeito, objetivando
cessarem as causas que motivaram os incidentes
comportamentais que colocaram o indivíduo
em situação de inadequação.
Nas organizações mais modernas existem órgãos
de acompanhamento e aconselhamento, visando
promover e assegurar a elevação do indivíduo
no plano cultural, sócio-familiar e profissional,
propiciando desta forma, condições para
uma completa integração deste indivíduo
no plano organizacional, de forma tal, que
ele se torne produtivo e eficaz. O aspecto
fundamental é a valorização do indivíduo
como sendo o elemento principal no processo
organizacional.
O acompanhamento consiste no conjunto de
métodos que quando postos em prática, visam
criar condições de reações necessárias para
o bom desempenho do indivíduo no trabalho,
para que ele seje eficiente, nos diversos
setores da organização, e perceba o acompanhamento
como fator de motivação, se sentindo valorizado,
pela importância que lhe confere e cuidados
que lhe dispensa a organização. O acompanhamento
deve ser visto como uma necessidade contínua,
se iniciando desde o processo de seleção,
treinamento e avaliação de desempenho.
O aconselhamento é um processo que consiste
em informar à gestão de recursos humanos,
e quando conveniente ao próprio indivíduo,
a respeito de problemas que possam estar
exercendo influência negativa no desempenho
do mesmo dentro da organização, sugerindo
soluções adequadas a estes problemas, visando
promover o ajustamento do indivíduo ao seu
trabalho, seus companheiros e enfim à organização.
O meio de promover este processo é através
de contatos diretos com o indivíduo, procurando
identificar os problemas, quer através de
visitas ao próprio ambiente de trabalho,
contatos com seus chefes imediatos, ou mesmo
cuidadosa sondagem a outros companheiros,
a fim de averiguar possíveis causas de desajustamentos.
Disso resulta algumas possíveis soluções:
ao treinamento específico, visando melhor
adequá-lo às suas funções, se o problema
for deficiência funcional; realizar o aconselhamento
direto, se a causa for desajuste no terreno
sócio-familiar ou das relações humanas;
encaminhá-lo para uma avaliação médico-psicológica,
se as causas parecerem patogênicas; transferí-lo
para outro setor, visando melhor adequação
pessoal; etc.
As entrevistas constituem o fundamento e
o princípio de todo o trabalho de um órgão
de acompanhamento e aconselhamento, através
delas coligem-se dados, em que se basearão
os especialistas para diagnosticar causas,
promover o aconselhamento e sugerir o acompanhamento.
Do binômio acompanhamento-aconselhamento,
advém uma série de benefícios paralelos,
como sendo, menor índice de turn-over, menores
despesas com treinamento, menos conflitos
nas relações humanas, maiores possibilidades
de progresso, maior satisfação no trabalho
e como consequência principal, maior produtividade.
mento passado, como também até certo ponto,
prever, modificar e até controlar o comportamento
futuro, objetivando sempre a adequação dos
interêsses pessoais aos interêsses da organização.
Motivar significa gerar forças que consigam
impulsionar o comportamento do indivíduo,
no sentido da consecução de objetivos comuns
entre o motivador e o motivado. As forças
motivadoras nascem de um estímulo que poderá
ter origem externa, vir do ambiente onde
o indivíduo está inserido, ou poderá ter
origem interna e ter origem nos processos
cognitivos de raciocínio do indivíduo. Neste
aspecto podemos afirmar que a motivação
está relacionada com o sistema de cognição
do indivíduo, podendo ser concluído que
os elementos valorativos da motivação, varia
de indivíduo para indivíduo. Mesmo assim,
o processo que agiliza o comportamento das
pessoas, obedece um mesmo padrão. Considerando
que o comportamento humano não é expontâneo,
isto é, ele não se origina do nada, conclui-se
que as causas que dão origem a um determinado
comportamento são: as influências externas
do meio ambiente, as influências internas
de hereditariedade, juntas influem nos processos
cognitivos; os impulsos de desejos ou de
necessidades pessoais para onde o comportamento
humano forma seus objetivos. O processo
que movimenta o comportamento das pessoas
pode ser denominado de ciclo motivacional,
que tem origem com o surgimento de uma necessidade,
que consiste em uma energia impulsionadora
de um comportamento humano, que tem o objetivo
de tirar o indivíduo da condição estática
de equilíbrio e gerar um dinamismo denominado
comportamento capaz de descarregar a energia
que motivou o desequilíbrio, através de
um processo de satisfação de desejo, colocando-o
novamente em equilíbrio. Ocorre que nem
sempre o indivíduo consegue atingir o processo
da satisfação de um desejo, por motivos
diversos que impossibilitam esta satisfação,
denominados de barreiras que descarregam
a energia em forma de frustração e não permitem
que o indivíduo retorne ao equilíbrio inicial,
tornando-se necessário que uma outra carga
de energia impulsione outro comportamento
derivativo que satisfaça outro desejo, através
de um processo denominado compensação, para
colocar o indivíduo num equilíbrio relativo.
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